Helena Caspurro, magnífica, descobri este vídeo no 382u.
quinta-feira, julho 30
sexta-feira, julho 24
Ricardo Reis
Coroai me de rosas,
Coroai me em verdade
De rosas –
Rosas que se apagam
Em fronte a apagar se
Tão cedo!
Coroai me de rosas
E de folhas breves.
E basta.
Coroai me em verdade
De rosas –
Rosas que se apagam
Em fronte a apagar se
Tão cedo!
Coroai me de rosas
E de folhas breves.
E basta.
quarta-feira, julho 22
Rui Veloso
Adoro Rui Veloso e claro, Carlos Tê, porque as canções não são só a música e a voz são também as letras. Ouço o podcast da Prova Oral em que ele foi entrevistado e porque me apetece aqui vai:
e todas as outras e ainda as que hão-de vir.
terça-feira, julho 21
Morangos
domingo, julho 19
Nós é que agradecemos e aplaudimos, Capitão!!!
sábado, julho 18
sexta-feira, julho 17
António Manuel Pina
Sou muito sensível às vozes, ouço a bonita voz de António Manuel Pina, entrevistado por Carlos Vaz Marques, no Pessoal e Transmissível da TSF e apetece-me conhecer a sua poesia (do primeiro). E encontrei este poema no Relâmpago:
Arte Poética
Vai pois, poema, procura
a voz literal
que desocultamente fala
sob tanta literatura.
Se a escutares, porém, tapa os ouvidos,
porque pela primeira vez estás sozinho.
Regressa então, se puderes, pelo caminho
das interpretações e dos sentidos.
Mas não olhes para trás, não olhes para trás,
ou jamais te perderás;
e teu canto, insensato, será feito
só de melancolia e de despeito.
E de discórdia. E todavia
sob tanto passado insepulto
o que encontraste senão tumulto,
senão de novo ressentimento e ironia?
Não te fies do tempo nem da eternidade
Não te fies do tempo nem da eternidade
que as nuvens me puxam pelos vestidos,
que os ventos me arrastam contra o meu desejo.
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã morro e não te vejo!
Não demores tão longe, em lugar tão secreto,
nácar de silêncio que o mar comprime,
ó lábio, limite do instante absoluto!
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã morro e não te escuto!
Aparece-me agora, que ainda reconheço
a anêmona aberta na tua face
e em redor dos muros o vento inimigo...
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã morro e não te digo...
Cecília Meireles, in 'Retrato Natural'
que as nuvens me puxam pelos vestidos,
que os ventos me arrastam contra o meu desejo.
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã morro e não te vejo!
Não demores tão longe, em lugar tão secreto,
nácar de silêncio que o mar comprime,
ó lábio, limite do instante absoluto!
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã morro e não te escuto!
Aparece-me agora, que ainda reconheço
a anêmona aberta na tua face
e em redor dos muros o vento inimigo...
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã morro e não te digo...
Cecília Meireles, in 'Retrato Natural'
Do Citador.
O poema em que te busco é a minha rede
O poema em que te busco é a minha rede,
Bem mais de borboletas que de peixes,
E é o copo em que te bebo: morro à sede
Mas ainda és margarida e não-me-deixes
E muito mais, no enumerar das coisas:
Cordão de laço e corda de violino,
Saliva de verdade nalgum beijo,
E poisas
Como ave de aço em pão se não te vejo.
Mas onde mais real do céu me avisas
É nas tuas camisas,
Calças de cor no catre bem dobradas.
E és os meus pensamentos, se te ausentas,
Meu ciúme escuro como vinho em toalha;
E o branco circular das horas lentas
Que um perfurante amor lembrado espalha.
Põe o penso no velo intercrural
Com um atilho vertical:
Rosa coberta esquiva
Quer a mão do desejo, quer
O conhecido cravo da agressão
Que estendo às tuas formas de mulher,
Com esta soma e verbal percaução
De um fónico doutor de Mompilher.
Vitorino Nemésio, in "Caderno de Caligraphia e outros Poemas a Marga"
Bem mais de borboletas que de peixes,
E é o copo em que te bebo: morro à sede
Mas ainda és margarida e não-me-deixes
E muito mais, no enumerar das coisas:
Cordão de laço e corda de violino,
Saliva de verdade nalgum beijo,
E poisas
Como ave de aço em pão se não te vejo.
Mas onde mais real do céu me avisas
É nas tuas camisas,
Calças de cor no catre bem dobradas.
E és os meus pensamentos, se te ausentas,
Meu ciúme escuro como vinho em toalha;
E o branco circular das horas lentas
Que um perfurante amor lembrado espalha.
Põe o penso no velo intercrural
Com um atilho vertical:
Rosa coberta esquiva
Quer a mão do desejo, quer
O conhecido cravo da agressão
Que estendo às tuas formas de mulher,
Com esta soma e verbal percaução
De um fónico doutor de Mompilher.
Vitorino Nemésio, in "Caderno de Caligraphia e outros Poemas a Marga"
Fui buscá-la ao Citador.
quarta-feira, julho 15
O "glitch" do Twitter
Ora acabava eu de regressar da última vigilância de exames deste ano lectivo, a Geometria Descritiva, ainda por cima (3h + 30 min que antecederam o início da prova e mais os 15 minutos que lá fiquei à conta de um aluno que se iluminou no fim do período de tolerância e mais os 15 minutos de entrega), começo a twittar e comentar as peripécias do dia e de repente, não mais que de repente, o eventbox desata a pedir-me a password e não a aceita, vou ver ao Safari e a minha conta tinha sido "suspended" e davam indicações de como reclamar. Mandei um mail a vários amigos e foi aí que começou a solidariedade twitteriana, com a @xtnblue, o @mcamilo a @binhazinha a comandar seguidos por uma série de amigos que encheram a timeline de apelos como se pode ver na imagem abaixo. A todos muito obrigada, foi um bug, um "glitch" como me informaram por mail.
terça-feira, julho 14
B:Mag - revista digital sobre livros
A B:Mag, diminutivo de Booktailors Publishing Magazine, que chegou hoje às "bancas" virtuais, é uma revista digital em suporte pdf totalmente gratuita sobre o nosso meio editorial. A transferir daqui.
domingo, julho 5
sábado, julho 4
Coisas que ODEIO
Odeio, mas odeio mesmo, que no Hiper se colem ao multibanco quando estou a pagar, não é por nada, até sei que não me vão roubar, mas é que são sempre tipos feios e velhos ou mulheres, que diabo custava muito que, DE VEZ EM QUANDO, mesmo que fosse muito de vez em quando, fosse um TIPO BOM MAS MESMO BOM?
sexta-feira, julho 3
Universidade do Minho reavalia caso do docente autor de blogue
O Conselho Científico do Instituto de Educação e Psicologia (IEP) vai analisar, dentro de duas semanas, a recusa de prolongamento do contrato que liga Daniel Luís, autor do blogue Dissidências, e a Universidade do Minho (UM).
O docente — que há um ano e meio encerrou o blogue humorístico Dissidências por alegadas pressões da direcção do departamento a que está ligado — viu ser-lhe recusado o pedido para a renovação por mais um biénio do vínculo que o ligava à universidade. A decisão foi tomada numa reunião do Conselho do Departamento de Sociologia da Educação e Administração no dia 17 de Junho, mas ainda não é definitiva.
De acordo com Carlos Estêvão, que preside ao departamento associado ao IEP, o Conselho Científico do instituto terá agora que ratificar a decisão. O assunto consta da ordem de trabalhos da próxima reunião daquele órgão, que está marcada para o dia 15 de Julho. O Conselho Científico pode assim viabilizar a renovação de contrato de Daniel Luís.
O professor continua a fazer contactos para evitar cair no desemprego no início de Setembro. Daniel Luís pediu uma audiência com carácter de urgência ao reitor da UM. A reunião com Guimarães Rodrigues deve acontecer durante a próxima semana, tendo em vista a discussão. O docente vai discutir um pedido de mudança de departamento e tentar sensibilizar o responsável máximo da universidade para uma situação que já considerou ser um reflexo do diferendo mantido com o Departamento de Sociologia de Educação nos primeiros meses de 2008.
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